Patio de La Cárcel - Tangos (part. Farruko) (tradução)

Original


Omar Montes

Compositor: Farruko / Pedro Elipe / Oscar Barrul / Omar Montes / Marc Monserrat / Jairo Salazar / Ivan Salcedo / Eduardo Figueroa / Alejandro "Jimbo" Páez

Adeus, minha mãe
Derrama sua bênção sobre mim
Perdão por essa agonia
Que causei ao seu coração

Se ajoelhe por mim
Peça a Deus por mim
Que tenha misericórdia
Pela vida que escolhi

No bairro onde moro
Vieram me buscar
Mamãe, fala com o juiz
Que me dê a liberdade

No pátio da prisão
Há uma poça e não choveu
São as lágrimas de um preso
Que entrou e não saiu

Às quatro da madrugada, entram e arrombam a porta
Da casa da velha com um mandado de prisão
Agentes mascarados com o colete posto
Senhora, entregue seu filho, ou prefere vê-lo morto?

Minha mãe, confusa, explode em choro
Pede misericórdia em meio ao desgosto
Nunca tinha visto mamãe chorar
Mas mesmo assim não parava de rezar

Ao vê-la assim, ergui minhas mãos
Não hesitei e me entreguei de uma vez
Eu gritava: Mãe, me perdoa!
Você não merece isso

No bairro onde moro
Vieram me buscar
Mamãe, fala com o juiz
Que me dê a liberdade

No pátio da prisão
Há uma poça e não choveu
São as lágrimas de um preso
Que entrou e não saiu

Eu tinha um mau pressentimento
De que algo ia dar errado
E antes de sair de casa
À minha mãezinha, eu pedi

Se ajoelhe por mim
Peça a Deus por mim
Que tenha misericórdia
Pela vida que escolhi

Saio entregue, pronto para a volta
Se conseguimos isso, me toca a metade
Com o rosto coberto, seguro a .40
Por se algo der errado, descarrego a .30

Estou vendo luzes piscando, algo estranho acontece
Já matei o contato porque não apareceu
Atrás vem uma viatura e se vier e nos parar
Minha liberdade não tem preço, atira

Os tiros soam
Chegam os policiais
Nunca tinha visto tanta bala, tanto sangue
Se sairmos vivos daqui, é graças a Cristo

Finalmente conseguimos na base da luta
De onde viemos, ninguém nos estendia a mão
Com o rosto coberto, nos encapuzamos
Confio no de cima que nunca me traiu

No meu grupo, não há traidor
Não fizemos acordo com a polícia
Nas ruas, tenho um contrato
Sempre real e nunca dedo-duro, nunca dedo-duro

No grupo há um traidor
Que fez acordo com a polícia
Há um contrato pela minha cabeça
Não são reais, esses são dedo-duro, esses são dedo-duro

No bairro onde moro
Vieram me buscar
Mamãe, fala com o juiz
Que me dê a liberdade

No pátio da prisão
Há uma poça e não choveu
São as lágrimas de um preso
Que entrou e não saiu

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